Baby Boomers a Geração Z: como a diversidade geracional no ambiente de trabalho cria novas oportunidades?

No filme Um Senhor Estagiário, Robert De Niro interpreta um homem de 70 anos, aposentado, que busca recolocação no mercado de trabalho. Com isso, ele começa a estagiar em uma startup cujo cenário é dominado por profissionais das gerações Y e Z, que diferem do seu modo de trabalhar. 

O ex-executivo mantém os mesmos hábitos do antigo emprego, tais como usar terno e gravata no dia a dia (mesmo que não seja o código de vestimenta da empresa), além de ser extremamente organizado e responsável.

Apesar de o filme trazer algumas características estereotipadas dos personagens, o mais interessante do enredo é a construção de uma relação mútua de respeito, de aprendizado e de evolução entre todos os envolvidos.

E por que isso está acontecendo? O número de pessoas na faixa de 65 anos ou mais no Brasil está aumentando. Segundo o censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta foi de 57,4% em relação a 2010. A idade mediana da população nacional também cresceu em 6 anos desde 2010, atingindo 35 anos em 2022.

Com esse movimento, combinado às novas regras da previdência, a tendência é que as pessoas permaneçam mais tempo no mercado de trabalho.

E os dados comprovam que, com o passar dos anos, há um número maior de pessoas na faixa etária de 50 anos ou mais que seguem empregadas. No Brasil, em 2006, os profissionais nesta faixa ocupavam 12,6% das vagas (4,4 milhões de pessoas). Em 2021, o percentual saltou para 19,1% (9,3 milhões de pessoas), de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), divulgada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

O levantamento aponta que os setores da economia com maior contratação de pessoas com 50 anos ou mais são Comércio, Serviços e Indústria.

Baby Boomers:
nascidos entre 1940 e 1960

Geração X:
nascidos entre 1960 e 1980

Geração Y (millennials):
nascidos entre 1980 e 1995

Geração Z:
nascidos entre 1995 e 2010

Geração Alpha:
nascidos a partir de 2010

De modo geral, às gerações Baby Boomers e X são atribuídas características referentes à experiência e à dedicação ao trabalho. Já as gerações Y, Z e Alpha são atreladas à agilidade com a tecnologia, à criatividade e à busca pelo bem-estar. 

Apesar dos atributos, também são elencados alguns pontos de atenção. Os Baby Boomers tendem a apresentar maior dificuldade com tecnologia. Por outro lado, são relatados problemas com o comprometimento da Geração Z.

Recentemente, por exemplo, um estudo da consultoria norte-americana Intelligent apontou que jovens dessa faixa estariam levando seus pais para as entrevistas de emprego. Uma reportagem do G1 mostrou como esse fenômeno também tem acontecido no Brasil (e as consequências negativas para esses candidatos).

📌 No entanto, independentemente das divergências, é possível explorar os atributos de cada geração, que se complementam e possibilitam trocas de alto nível e o aprendizado na prática. 

Portanto, compreendendo os benefícios de manter um quadro formado por faixas etárias diversas, as organizações vêm buscando transmitir essa ideia desde o processo de recrutamento, sem que a data de nascimento seja um impeditivo na hora da contratação. 

Algumas empresas já estão fazendo movimentos no sentido de integração geracional, implementando programas específicos voltados para isso, que apostam na qualificação para jovens e idosos, focados em habilidades específicas. 

Entre os exemplos está o Programa Jovem Aprendiz, que visa à capacitação de pessoas com idade entre 14 e 24 anos que já tenham concluído o ensino fundamental ou o médio, ou mesmo projetos personalizados de contratação 50+, adotados pela Nestlé, Rede Assaí, entre outras empresas. 

E a comunicação interna é imprescindível para o sucesso da convivência entre as gerações. Aliada a outras estratégias, ela colabora para eliminar ruídos e evitar conflitos entre as pessoas colaboradoras.

🎯 Dessa forma, desenvolvida de maneira assertiva e eficiente, a comunicação interna abre portas para a estruturação de uma cultura de trabalho pautada no respeito e intolerante a qualquer tipo de preconceito.

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