Employer Branding
Agora que a pandemia já está no nosso passado, com o devido afastamento de tempo, podemos analisar de maneira mais efetiva as mudanças no modo de trabalharmos, já levando em consideração a experiência adquirida até aqui. Mas o que funciona melhor: o presencial, o híbrido ou o remoto? 
A verdade é que o regime ideal está atrelado ao modelo do negócio em si, estando além de preferências pessoais. Entenda!
Os últimos anos trouxeram a dinâmica dos modelos de trabalho para o centro do debate em muitas empresas, e o assunto segue sendo o tema de pesquisas que buscam entender qual seria o sistema ideal.
Com a pandemia, inúmeras empresas que tiveram a opção de migrar para o sistema remoto acabaram por repensar o trabalho presencial, questionando a sua eficácia na prática quando já era possível retomá-lo. Para muitas delas, a solução foi adotar um sistema híbrido, com dias específicos para o presencial e o remoto, enquanto outros negócios optaram por permanecer no que chamamos popularmente de home office.
Inclusive, a possibilidade de trabalhar à distância se tornou pré-requisito para muitos profissionais que buscavam novas oportunidades (sobretudo os mais jovens), dificultando a contratação de pessoas para vagas que requeressem trabalho presencial.
Permitindo que as pessoas trabalhassem de casa em determinados dias, o modelo híbrido corroborou para uma compreensão mais flexível, moderna e informal da dinâmica de trabalho pós-pandêmica, sendo indicado como um ponto de equilíbrio por diversas pesquisas. Segundo o estudo Tendências e Perspectivas do Trabalho da WeWork Latam, por exemplo, entre 10 mil trabalhadores latino-americanos, 94% deles afirmaram que não gostariam de trabalhar exclusivamente de maneira presencial depois da pandemia.
E, como mostrou a pesquisa da PwC e do PageGroup, diante da perspectiva de retomada do trabalho presencial, em gênero, as mulheres ganham na preferência pelo home office.
Entretanto, a leitura de que o trabalho híbrido é o regime ideal não se aplica a todos os tipos de negócio, pelo contrário. O modelo do negócio em si que deve determinar o melhor regime, e isso nos leva a observar uma queda significativa na oferta de vagas de emprego que mencionam a possibilidade de trabalhar remotamente (de 40% para 25%, de acordo com o LinkedIn Economic Graph), de 2022 para 2023.
E essa queda mostra que, frente aos desafios do cenário econômico, muitas empresas decidiram apostar em trazer os colaboradores para dentro do escritório com o objetivo de aumentar a produtividade do negócio. Mas, novamente, deparamos-nos com a mesma questão! Como já mencionamos, o que define o melhor sistema de trabalho é o modelo de negócio de determinada empresa e as suas particularidades. Além disso, é válido reforçar que a sensação de controle do regime presencial pode ser falsa (e mesmo nociva para a estratégia da empresa).
Dito isso, quais são as peculiaridadesdos sistemas híbrido e remoto?
No que diz respeito ao controle da produtividade, diversas empresas cujo modelo é remoto possuem rotinas de trabalho específicas que ajudam a garantir a produtividade, confirmando a realização de tarefas ao longo do período do serviço, além de um ponto eletrônico virtual em muitos casos.
Também, quando os sistemas híbrido ou remoto são realmente viáveis para a empresa, eles oferecem mais autonomia aos colaboradores, resultando em um maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Mas é de grande importância que os funcionários desenvolvam a capacidade de gerenciar bem o tempo, assim como a habilidade de se comunicar virtualmente para evitarem os ruídos da distância.
Para as empresas, esses sistemas representam uma redução de custos, com colaboradores mais satisfeitos, e podendo contar com talentos em diversos lugares do mapa. No entanto, é necessário fazer uma transição cuidadosa, avaliando a adaptação de todas as pessoas envolvidas ao home office e o impacto dessas mudanças na cultura organizacional.
E, com todas essas possibilidades, claro, vem o trabalho das equipes de Recursos Humanos nas empresas, desempenhando um papel fundamental de mediação no que diz respeito ao modelo de trabalho, bem como à sua estruturação. 
Por isso, é importante atentar-se a políticas flexíveis, que equilibrem as necessidades dos profissionais da empresa com as do negócio em si, tornando a empresa atraente para talentos que buscam qualidade de vida, além de instruir os colaboradores para o modelo de trabalho escolhido pela empresa. Por fim, cabe ao RH desenvolver novas maneiras de avaliar o desempenho de cada colaborador quando em regime híbrido ou remoto, para que seja possível mensurar a sua produtividade e o desenvolvimento adequadamente. 
